domingo, 11 de novembro de 2012

Cultura popular




O Brasil é um dos países com maior diversidade cultural. O nordeste se destaca pela cultura rica herdada dos africanos, europeus e indígenas. Assim como outros estados, possui suas gírias, religião, folclore, costumes e músicas, atraindo todos os anos milhares de turistas do Brasil e do mundo. A culinária é uma das maiores riquezas da região, as receitas nordestinas se destacam pelo sabor apimentado como o acarajé, buchada, bobó de camarão, farofa de dendê e muito mais.

Comemorações


Comemorações nordestinas 

A região celebra em grande estilo o Carnaval. As capitais, como Recife e Salvador, atraem milhões de foliões que se divertem com os Bonecos de Olinda, Maracatu, Frevo, Micaretas, Trios Elétricos e o Bumba-meu-boi. Outras celebrações de origem nordestina são a Festa Junina e a Folia dos Reis.

Religião

Há muitas religiões no nordeste, porém os católicos predominam. Os fiéis desta religião consideram algumas pessoas como "santos", mesmo sem o reconhecimento oficial da Igreja, como Irmã Dulce, Maria de Araújo, Padre Cícero, Padre Ibiapina e Frei Damião.
O Candomblé é uma religião que possui muitos adeptos na Bahia. É uma religião muito conhecida pela referencia à Iemanjá.
No Maranhão há muitos adeptos ao Tambor de Mina, herdado dos costumes africanos.

Talentos

Grandes artistas como Caetano Veloso, Zé Ramalho, Elba Ramalho, Ivete Sangalo, Daniela Mercury, Pitty, Gilberto Gil, Raul Seixas, Chico Anysio, Renato Aragão e grandes nomes da literatura como Jorge Amado, Ariano Suassuna e Gregório de Matos são/eram nordestinos.

Esporte

A capoeira é um esporte bastante praticado na região 


A capoeira é um esporte de origem africana que foi muito praticada pelos escravos na época da colonização. Antes vista

Trazido principalmente por descendentes de escravos africanos com alguma influência indígena, é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando chutes, rasteiras, cabeçadas, joelhadas, cotoveladas e acrobacias em solo ou no ar.

Há teorias sobre a origem da palavra capoeira. Pode ter vindo do tupi-guarani, através da junção dos termos ka'a ("mata") e pûer ("que foi") que significa "o que foi mata", referindo-se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil.
José de Alencar, em 1865, na sua primeira edição de Iracema, teria proposto para o vocábulo capoeira o termo tupi "caa-apuam-era" (ilha de mato já cortado).

Com o fim da escravidão, em 1888, os negros libertos não tinham meios de subsistência. Assim, foi inevitável que diversos capoeiristas utilizassem suas habilidades de formas pouco convencionais. Muitos se tornaram guardas de corpo, mercenários, assassinos de aluguel e capangas. Em 1890, a prática da capoeira foi proibida em todo o território nacional devido ao fato de que os capoeiristas teriam vantagem em confronto corporal. Inclusive os grupos de capoeiristas como os maltas eram temidos pela população.

Com a proibição, qualquer cidadão pego praticando capoeira era preso, torturado e muitas vezes mutilado pela polícia. As rodas de capoeira eram praticadas escondidas em locais afastados.




Dialetos do Brasil



Saiba como surgiram as diferenças regionais do português brasileiro:

1) Tupi importado: Diferente do que todo mundo pensa, a Amazônia não fala igual ao seu vizinho, o Nordeste. Na verdade, a razão para isso é que lá quase não houve escravidão de africanos. Ou seja, o que predominou foi a influência do tupi, falada pelos jesuítas no processo de evangelização.
2) Minha tchia: Outra diferença é que o litoral nordestino recebeu muitos escravos negros, ao contrário do interior que recebeu muitos índios expulsos da costa pelos portugueses. Isso acabou refletindo muito na cultura e diferenças dialetais. Por isso, alguns baianos pronunciam às vezes o "t" como se fosse "tch" (por exemplo "tia", que soa como "tchia" e "muito" que acaba parecendo "mutcho").

3) Chiado europeu: Em 1808, a família real portuguesa mudou-se para o Rio para fugir de Napoleão, trazendo 16.000 portugueses. Esses portugueses tinham um sotaque marcante que acabou influenciando o atual sotaque carioca (nosso famoso chiado!).

4) Tu e você: Os tropeiros paulistas entraram no Sul no século XVIII pelo interior, passando por Curitiba. Porém, o litoral sulista foi ocupado pelo governo português na mesma época. Isso acabou gerando dois dialetos: na costa, fala-se "tu", como é comum até hoje em Portugal, e, no interior de Santa Catarina, adota-se o "você".

6) Porrrrta: Até o século passado, a cidade de São Paulo falava de uma forma característica, com o "r" muito puxado. A chegada dos migrantes, que vieram com a industrialização, misturou esse dialeto com outras influências (estrangeiras e brasileiras) e criou um novo sotaque paulistano.

Dialeto: variedade regional ou social de uma língua; linguajar (Novo Dicionário Básico da Língua Portuguesa - Folha/Aurélio, 1994/1995, p. 220).

As Origens da Língua Portuguesa

Assim como a Diversidade da Fala Nordestina


      A língua portuguesa é um idioma que foi criado e moldado a partir de fortes influências de importação linguística estrangeira de outros países e povos, e continuaram a se modificar com as reformas ortográficas para obter o português atual que é falado no Brasil, mas disso resultam várias dificuldades de se ter uma língua estabilizada e unificada.
      O Brasil é hoje o maior país de língua portuguesa do mundo, e contém mais de 170 milhões de falantes. Mas o português, como todos sabem, não nasceu no Brasil; ele foi trazido de Portugal pela colonização no Brasil.
      Em consequencia da colonização, a língua portuguesa se encontrou com as línguas indígenas da costa brasileira, e pouco depois, com as inúmeras emigrações, recebeu influências do italiano, do francês e de várias outras línguas europeias. No entanto, para chegar as raízes da língua portuguesa, não significa apenas retomar a época de sua entrada em solo brasileiro, mas numa região bem distante de nós no passado, na Itália.
      Na região central da atual Itália, os romanos chegaram a possuir um grande império e, a cada conquista, botavam aos povos vencidos a sua cultura e a sua língua.
      Existiam duas maneiras de se expressar pelo latim: o latim vulgar, que era somente falado, e era usada pelo povo analfabeto: soldados, marinheiros, artificies, agricultores, barbeiros, escravos, etc... A língua era sujeita a alterações frequentes e por isso apresentava diversas variações; e o latim clássico, onde era a língua falada e escrita e era usado pelos grandes poetas, prosadores e filósofos. A expressão do latim que os romanos acabavam por impor aos povos vencidos era a vulgar; estes povos eram muito diversificados e falavam línguas muito diferentes, por isso em cada região o latim vulgar sofreu alterações distintas.
      Depois disso, a língua portuguesa uniformizou-se a partir do século XVI e adquiriu as características do português atual, com a rica literatura renascentista portuguesa e com as reformas de 1911 e 1971.

      Então a língua se desenvolveu dentro do Brasil em regiões separadas, e se formaram sotaques, gírias e novas formas de falar palavras com o mesmo significado. Por exemplo, o sotaque em São Paulo é completamente diferente do sotaque no Rio de Janeiro, embora sejam estados lado a lado.
      No nordeste, surgiu variadas gírias ao longo do tempo,como por exemplo: brocoió, que é quando uma pessoa está desligado da realidade; cipuada, que é quase a mesma coisa que chinelada, paulada ou chicotada; lidileite, que é o que se dia quando alguém vai a padaria ou ao mercadinho comprar leite; e chama-se de tirinete um momento de grande movimentação e confusão, e vários mais gírias com diferentes significados.

      Então, é completamente errado falar que o nordeste é só uma região quente, onde se fala o português com um sotaque estranho, pois, na verdade, o nordeste possuí não só sotaques diferentes de outras partes do país, mas também possuí variados tipos de comidas, músicas, danças e muitos dialetos, como o baiano reconcavo, o paraibano ou o alagoano.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A influência da música nordestina no cenário internacional



They Don't Care About Us ou Eles não ligam para nós é uma música lançada por Michael Jackson em 1995. A música foi uma das mais polêmicas de toda a carreira de Jackson por ter sido acusado de fazer apologia ao antissemitismo pelos jornais, Michael alegou que não tinha a intenção de ferir ninguém e regravou a música, que é um hino contra as injustiças sociais. They Don't Care About Us é diferente de todo o estilo musical de Michael por ter batidas de Reggae e Hip Hop. Foi uma parceria com o grupo baiano Olodum que introduziu na canção elementos de Axé Music, dando-a uma cara mais brasileira.


O videoclipe foi produzido por Spike Lee em Salvador, no Pelourinho e na Favela Santa Marta, no Rio de Janeiro. As autoridades da época não queriam que o vídeo fosse gravado, pois temiam que denunciasse a pobreza dos locais e as falhas dos governos. Porém, os moradores dos locais ficaram felizes em receber o cantor. Além disso, o diretor Spike Lee teve que negociar com os traficantes da favela Santa Marta para garantir a segurança de Michael. Criticado pelo governo, o diretor respondeu a crítica afirmando que a polícia não tinha poder suficiente para garantir a segurança do cantor.